6 motivos para procurar um nutricionista infantil

Nutricionista é como psicólogo: as pessoas só vão atrás quando um problema bate à porta. Mas a ciência da nutrição não é só para os hipertensos ou diabéticos, ela é para todos. Nesse post, em específico, listamos motivos para procurar um nutricionista infantil. Porque, sim, crianças se beneficiam (e muito!) com o acompanhamento desse profissional.

Precisamos lembrar que as crianças passam por diversas fases desde a introdução alimentar até a adolescência. O nutricionista é, então, aquele que sabe identificar as necessidades de cada uma dessas fases, proporcionando uma orientação individualizada, que leva em consideração a rotina da família, sua renda, cultura, as preferências da criança, sua personalidade, imaginação, etc.

O contexto atual, de crescente obesidade infantil, reforça ainda mais a importância de um nutricionista infantil. Isso porque, a todo instante, na televisão, na rua ou no supermercado, as crianças estão cercadas de propagandas enganosas. Alimentos nada saudáveis recebem fantasias de seus personagens favoritos para atrair os olhares e, os pais, cansados ou sem informação, se rendem aos industrializados pela praticidade.

Quando olhamos os números, o cenário é ainda mais preocupante: a Federação Mundial de Obesidade estima que o Brasil terá 11,3 milhões de crianças obesas em 2025. Em relação aos números hoje, de acordo com a OMS, no mundo, pelo menos, 41 milhões de crianças abaixo dos 5 anos são obesas ou estão acima de peso.

Os motivos para procurar um nutricionista infantil

Os motivos para procurar um nutricionista infantil

Você não precisa esperar que algo aconteça para procurar um nutricionista infantil. Tomar essa atitude conscientemente pode prevenir uma série de doenças e melhorar consideravelmente a qualidade de vida das crianças. Mas se você precisa de alguns motivos mais sólidos, aí vão eles…

 

  1. Introdução alimentar

O bebê desmamou, e agora? O que oferecer? Como, em que quantidade, em qual horário? O nutricionista é de grande apoio no período de desmame, que vai desde a introdução de um novo alimento até a suspensão completa do leite materno.

A criação de hábitos saudáveis começa desde esse momento. Mais do que desempenhar um papel nutricional, os cuidados nessa fase apresentam caráter educativo.

O nutricionista, nesse sentido, orientará os cuidadores sobre como preparar os alimentos para preservar suas características nutricionais, como fazer a oferta de líquidos, em quais momentos do dia, levando em consideração sua rotina, será bacana oferecer esses alimentos, além de esclarecer as diversas dúvidas que aparecem neste período.

 

  1. Alimentação pré-escolar e escolar

Desmamou, já come comidas sólidas e, agora, chegou a hora da escolinha. Cada vez mais cedo as crianças são introduzidas ao período escolar. Mas se os pais não tomarem cuidado, nessa fase, a criança pode ser influenciada pelos coleguinhas ou caírem no mito da praticidade, recorrendo sempre às bolachas, salgadinhos e sucos artificiais.

Na fase pré-escolar, dos 3 aos 5 anos, há uma diminuição da velocidade de crescimento, o que leva a uma diminuição do apetite. Para evitar desgastes desnecessários à família, o nutricionista saberá indicar preparações que agradam as crianças, além de mostrar formas mais criativas de evitar a monotonia alimentar.

Já na fase escolar, dos 6 aos 12 anos, a criança tem a maior parte dos seus hábitos alimentares bem definidas. O nutricionista entra para educar sobre o lanche escolar, além de dar orientações que influenciam positivamente no crescimento e rendimento escolar.

 

 

  1. Perda ou ganho de peso repentino

É preciso ficar atento aos sinais, pois o peso está relacionado a doenças como diabetes, intolerância à lactose, transtornos gastrointestinais, doença celíaca, problemas na tireoide, etc. Com o auxílio de exames, o nutricionista será capaz de identificar o que está errado e, caso necessário, encaminhará a criança para o profissional especialista, complementando o tratamento com a orientação nutricional – essencial em todas as doenças.

 

  1. Dúvidas em relação à alimentação

Quantas frutas meu filho precisa comer por dia? Como fazer com que ele coma salada? Preciso dar leite de vaca todos os dias? E se ele não quiser comer carne? Como fazer as substituições, caso ele não coma certos alimentos? Meu filho não toma água, e agora? Qual é o limite de guloseimas em um dia? Posso esconder as verduras nos pratos?

Os cuidadores têm tantas, mas tantas dúvidas… E isso é normal, afinal, eles só querem o melhor para os pequenos. Um consulta de duas horas com um nutricionista é mais do que o suficiente para sair do consultório munido da informação necessária para fazer boas escolhas alimentares dentro e fora de casa.

 

  1. Sinais de deficiência nutricional

Se a criança estiver cansada demais, sem vontade de brincar, dormindo mais que o normal, com cãibras frequentes, náuseas ou com palidez pode ser um sinal de deficiência nutricional. Alguns casos são ainda mais sérios, como o raquitismo, causado pela falta de vitamina D.

Sem falar que a deficiência nutricional afeta a linguagem, a coordenação motora, a capacidade visual, afeta o sistema imunológico, atraso na maturação sexual e no desenvolvimento como um todo. O nutricionista, assim, saberá como criar um cardápio que atenda todas as necessidades nutricionais da criança, passando por todas as vitaminas e minerais. Porque nem só de nuggets e macarrão vive uma criança.

 

  1. Seletividade alimentar

Seu filho não come arroz e feijão? Não gosta de leite? Se recusa a comer carne? Passa longe das frutas? Salada crua, então, nem pensar? Como lidar quando a criança rejeita os grupos alimentares saudáveis?

O nutricionista ajudará a estimular a criança, oferecendo esses alimentos de forma a criar uma experiência mais lúdica e divertida. Se isso não funcionar, esse profissional também sabe como fazer as substituições adequadas, remanejando as refeições e os alimentos para que nenhum nutriente falte na alimentação dessa criança.

Esses são apenas alguns dos motivos para procurar um nutricionista infantil. Quando nasce, o bebê procura primeiro por alimento. É instinto. A alimentação nos acompanha em cada momento da vida e ela pode se tornar o melhor remédio ou uma grande causadora de problemas. Em um mundo em que os industrializados reinam, educar as crianças desde cedo sobre bons hábitos é revolucionário.

Se você tem filhos, já os levou a um nutricionista? Se não, por quê? Tem outros motivos para procurar um nutricionista infantil? Compartilha nos comentários, sua opinião é extremamente importante!